quarta-feira, 12 de abril de 2017

A Nova Velhice, HOJE, na Casa do Saber


O ciclo A Nova Velhice, na Casa do Saber (Shopping Leblon, zona Sul do Rio) continua hoje, 12, para atualizar a discussão sobre o envelhecimento dos brasileiros. Com a jornalista Léa Maria Aarão Reis (foto)   como palestrante.
12 ABR | 2. AÇÕES POLÍTICAS: O MAPA DA VELHICE NO BRASIL
Desempenho do papel do Estado na assistência aos mais velhos.
Por que A Nova Velhice?  Nos últimos anos, o mundo tem presenciado um aumento crescente do número de idosos. O debate sobre como proteger esse segmento populacional por meio de políticas públicas ou de estratégias propostas pelas novas constituições familiares se tornaram prioridade neste início de século. Seminários e centros de discussão e de pesquisa sobre a longevidade vêm sendo criados em diversos países e uma legislação visando assistir os mais velhos começou a ser formulada no Brasil, de forma atuante.
Como? Em quatro encontros, serão apresentados e discutidos diversos aspectos relacionados ao tema, que apaixona indivíduos de várias gerações e preocupa os governos de todo o mundo.
Quando? Início dia 5 abril - Quarta-feira, 17H00. A jornalista Léa Maria Reis, a palestrante, fez um resumo do primeiro encontro, publicado no site.
O curso se prolongará por mais 3 encontros, sempre às 4as. Feiras, às 17h. 05/04, 12/04, 19/04, 26/04
Quanto? R$ 131,25 por palestra.
As inscrições podem ser feitas através do telefone 2227-2237 de segunda a sexta das 11 às 20 horas ou através do site


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Edição de 12 de abril de 2017

Com quase dois anos de funcionamento, o projeto “Caindo de maduro só fruta” foi destaque durante a quarta edição do Mapeamento de Experiências Exitosas de Gestão Pública no Campo do Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa, realizado ano passado. Ele foi escolhido como uma das 14 experiências escolhidas para apresentação, resultado de uma avaliação por diversas instituições ligadas à área de saúde do idoso e envelhecimento em todo o Brasil.
O projeto “Caindo de maduro só fruta” está há dois anos desenvolvendo rodas de conversas com idosos, na Unidade Básica de Saúde do bairro Poti Velho, zona Norte de Teresina, Piauí, para ajudá-los a prevenir quedas. Os organizadores do projeto, no entanto, estão com o objetivo de estender a ação a mais duas etapas para auxiliar na prevenção de quedas. Uma é levar a discussão para a sociedade como um todo; e a outra, que para eles é primordial, é conseguir financiamento para adaptar as casas de famílias que não são apropriadas para idosos.
A enfermeira da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Nancy Loyola, explica que as adaptações são essenciais para o idoso viver em um ambiente adequado às suas demandas. “Queremos levar a discussão para a Câmara e para toda a sociedade de Teresina. Já estamos providenciando a promoção de um debate com toda a sociedade para refletirmos a respeito de que cidade nós estamos construindo para um país que está envelhecendo.
O nosso outro objetivo e para mim, esse é o maior, é conseguirmos uma ajuda de uma empresa, banco ou qualquer entidade de financiamento para que as famílias possam adaptar suas casas para o idoso. A gente visitou 30 domicílios e todos eles estão irregulares, têm batente, piso liso, sanitário baixo, calçada alta, quintal cheios de buracos. Conseguir a readaptação dessas casas para beneficiar os idosos do nosso projeto será uma grande conquista”, enfatiza a enfermeira.
Outras ações
Na UBS, que atende cerca de 30 idosos dos bairros Poti Velho, Alto Alegre e Mafrense II, o projeto acontece uma vez por mês (e a cada dois meses nos períodos não-chuvosos) e é realizado através de reuniões com idosos e seus cuidadores, com orientações para organizar a casa e cuidados para não só evitar as quedas como também minimizar seus efeitos. Além disso, são abordados temas como direito do idoso, alimentação saudável e outros.
A fisioterapeuta Yatamires Aguiar reforça que o projeto é de extrema importância para a sociedade e chama atenção para as necessidades dos idosos. “O idoso tem déficit auditivo, então ele não escuta bem um carro ou uma moto se aproximando; tem déficit visual, o que dificulta ele ver o obstáculo; tem dificuldade em sentir a profundidade do chão; caminha por meio de uma marcha lenta e arrastada, em um trânsito confuso onde os veículos não os respeitam, dentre várias outras questões. Então, em um bairro como o Poti Velho, uma comunidade bem antiga que tem um percentual de idosos muito grande, esse projeto é de extrema importância. Ele está trazendo o idoso para o posto, para que eles conheçam ações de educação e saúde. E ainda alerta que é possível prevenir quedas. Tudo isso promovendo a interação social deles”, destaca.
A idosa Maria de Jesus tem 64 anos e participa do projeto há cinco meses. Ela diz que aprende bastante através das rodas de conversa. “O projeto é muito bom, porque nos ajuda a se prevenir dos problemas. Ele fala, por exemplo, para a gente ter cuidado com o tipo de calçado que a gente vai usar, porque os problemas começam nos pés”, ressalta.
O projeto “Caindo de maduro só fruta” visa trabalhar a independência da pessoa idosa através de orientações para evitar a incidência de quedas. Ele surgiu em maio de 2015, através da iniciativa de um grupo de profissionais da saúde que, vendo a quantidade de problemas oriundos de quedas por parte do idoso, procurou desenvolver uma ação para reduzir essa problemática.
“Ele [o projeto] nasceu depois que vários agentes de saúde disseram que as idosas estavam caindo nesse período chuvoso. Descobrimos que, no Piauí, a principal causa de hospitalização e de morte do idoso é a queda. Sentamos para saber o que poderíamos fazer, qual projeto poderíamos desenvolver para ajudá-los. E estávamos sentados aqui nessa oca quando uma fruta caiu e a gente se perguntou: ‘quem que a gente quer que caia? Queremos que a fruta caia, e madura; o idoso, a gente quer de pé, saudável e caminhando. Foi assim que surgiu a ideia”, conta a enfermeira Nancy.
Portal O  Dia